terça-feira, 22 de junho de 2010

Termina 15° Congresso; André Tokarski é o novo presidente da UJS

Cerca de 2 mil jovens participaram de quatro dias de debates, atos políticos e atividades culturais na capital baiana

Terminou em Salvador, em clima de torcida pelo Brasil, o 15° Congresso Nacional da UJS. Os cerca de 2 mil jovens, de todos os estados brasileiros, que mais tarde se reunirão para a despedida assistindo ao jogo da seleção brasileira contra a Costa do Marfim, estiveram devidamente uniformizados de verde e amarelo, na parte da manhã, para a plenária final. Foram decididas as resoluções da entidade para os próximos dois anos e houve a eleição da nova diretoria. O goiano André Tokarski, de 26 anos, foi eleito novo presidente da UJS, um dos mais jovens da história da entidade.

Tokarski admite que presidir a UJS é a maior responsabilidade de sua vida. Porém, sente-se seguro ao contar com a construção diária, de toda a militância, para o sucesso dessa gestão. “Chegamos nesse Congresso com mais de 100 mil filiados e representações em todos os estados, o que dá um pouco da dimensão do nosso alcance com a Juventude Brasileira”, declarou. Leia mais abaixo uma entrevista completa com o novo presidente da UJS.

O Congresso, que teve início na quinta-feira (17) foi marcado pela oficialização do apoio da UJS à candidatura de Dilma Roussef nas eleições presidenciais 2010. Também tiveram destaque os debates do Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas, realizado pelo Centro de Estudos e Memória da Juventude em parceria com a UJS. O encontro em Salvador teve também a presença de jovens estrangeiros representando juventudes socialistas de cinco outros países: Portugal, Grécia, Venezuela, Sudão e Argentina. Os estrangeiros falaram aos congressistas, durante a plenária final, saudando a UJS.

Resoluções

No campo das políticas para a Juventude, os congressistas defenderam que a Secretaria Nacional de Juventude, criada a partir da mobilização das entidades, ganhe status de Ministério da Juventude. Preocupada na questão do emprego e oportunidade para os jovens, a UJS aprovou a resolução de pressionar o pode público pelo cumprimento da lei de estágio.

Para educação, a UJS propôs mudanças no ensino médio para valorizarem o caráter politécnico e humanista, através de uma estrutura esportiva e cultural. A entidade também cobrou a implementação efetiva da lei 10639, que determina o ensino da história da África e manifestações afro-brasileiras nas escolas. Em relação aos movimentos sociais, os jovens pediram a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia e decidiram por uma participação ainda mais forte da UJS no movimento LGBT.

No campo internacional, a UJS manifestou sua solidariedade ao Haiti e defendeu uma ação prolongada do Brasil no país nos campos educacionais e de combate à pobreza. Foi também manifestado repúdio ao recente ataque de Israel a um comboio humanitário que se dirigia à Faixa de Gaza. Outras resoluções aprovadas foram o desenvolvimento de uma campanha pela internet banda larga no Brasil e a participação efetiva da juventude na realização das propostas do Plano Decenal da Terceira Conferência de Esporte.

Emoção e Despedidas

Durante a plenária final, também foi realizada uma homenagem aos militantes que, após anos de participação, deixam a UJS nesse 15 Congresso, entre eles, o presidente Marcelo Gavião, que encerrou sua gestão. Ele fez questão de realizar um pequeno pronunciamento de agradecimento aos companheiros: “Esse momento sempre emociona muito quem sai e também a quem fica. Não é exagero dizer, mas vejo aqui entre os companheiros que encerram sua participação, pessoas que dedicaram, pelo menos metade de suas vidas à construção da UJS”, disse.

Entrevista com o novo presidente da UJS André Tokarski:

Como você se sente, pessoalmente tendo a responsabilidade de dirigir a União da Juventude Socialista?


Essa é a maior responsabilidade da minha vida, mas sei que, nesse momento, a minha eleição não é o mais importante para a UJS. Não é a direção que define essa entidade, e sim o conjunto da militância na luta do dia a dia. Sei que precisaremos ter muita consciência em nossas ações porque, atualmente, cria-se sempre uma grande expectativa sobre o posicionamento da UJS nas questões nacionais e muita repercussão com as suas mobilizações. Temos uma interlocução em que levamos nossas reivindicações ao presidente da república, ministros, governadores. Isso gera muita responsabilidade e eu espero contribuir da melhor forma para que a UJS cresça ainda mais.

Qual a sua trajetória nos movimentos de juventude?

Comecei no movimento secundarista em 1997, com 13 anos, quando fui a meu primeiro encontro estudantil, o congresso da UBES. Depois disso, me engajei no grêmio da escola, me filiei à UJS e me juntei à União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES) de Goiânia, da qual acabei sendo presidente. Ingressei na Universidade Federal de Goiânia (UFG) e lá me formei como bacharel em Direito. Durante a universidade, participei do Centro Acadêmico do Curso e fui presidente da União Estadual de Estudantes de Goiás (UEE-MG). Fui também diretor jurídico da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Qual é, na sua opinião, o saldo do 15° Congresso da UJS?

Foi um Congresso muito importante. O tema principal “Para ser muito mais Brasil” remete a um momento de muito otimismo do país. Na nossa história recente, nunca tivemos tantas oportunidades de o Brasil dar certo em diversas áreas, incluindo-se aí a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Nós temos hoje 50 milhões de jovens no país e as resoluções desse Congresso estão muito relacionadas à mobilização desse grupo. É impossível, atualmente, que qualquer processo importante do país não passe pela juventude.

Quais deliberações foram importantes nesse sentido?

Destaco as resoluções que tivemos em defesa dos 50% do fundo social do pré-sal para a educação e em defesa do marco regulatório para as políticas públicas de juventude. Desde a década de 80, o jovem era visto como um problema social, depois houve um avanço para tratá-lo como um sujeito de direitos. Agora, nós defendemos que o jovem seja entendido como um verdadeiro protagonista nas questões nacionais. Infelizmente, ainda há muito preconceito com os jovens que são vistos como menos capazes. Precisamos mudar esse quadro.

Como será a participação da UJS na campanha da Dilma para presidência da República?

O ato de apoio à candidatura da Dilma demonstrou o prestígio da nossa instituição e a força que ela pode ter em um momento tão crucial como esse das eleições. Todos os nossos anseios, discussões, projetos dependem totalmente do resultado das eleições de 2010. Eu acredito que esse ano teremos um dos maiores desafios da história da UJS, comparado somente a momentos como o Fora Collor em 1992 e a eleição de Lula. Isso porque corremos o risco de pôr a perder uma série de conquistas dos movimentos sociais e dos jovens. O outro candidato é algo como um exterminador do futuro da juventude. Por isso, vamos com tudo para a campanha da Dilma, com a força e as propostas da UJS para a juventude, educação e tantos outros temas debatidos neste 15° Congresso.


Houve uma polêmica, durante a votação das propostas na plenária final, sobre a questão da legalização das drogas. Qual o saldo desse debate?

Primeiro, é importante dizer que a mesa de debate sobre as drogas foi uma das mais concorridas e qualificadas deste Congresso da UJS. Nosso objetivo é ampliar a discussão em torno do tema não apenas da legalização da maconha, mas sobre as drogas como um todo. Este problema, claro, diz respeito a toda a sociedade, mas, principalmente, aos jovens. Haviam três resoluções em votações. Uma dizia que a UJS deveria lutar pela descriminalização da Maconha, outra falava sobre a Legalização. A proposta aprovada, no entanto, foi a de realização no primeiro semestre do ano que vem de um seminário para ampliar o debate sobre o tema. A resolução da UJS avança no sentido da nossa entidade cobrar do Estado e da sociedade um debate sem hipocrisia. Vamos realizar este seminário e de lá sairemos com um proposta mais elaborada sobre este assunto. Assim é a UJS, existe a diversidade, debate, constrói e unifica.


Como a UJS se encaixa nesse novo perfil de juventudes do século XXI?

Toda a diversidade que pôde ser vista neste Congresso consolida, um processo de trabalho que a UJS construiu com suas frentes de trabalho, como o Hip Hop e LGBT. Isso reflete também a diversidade que é a juventude brasileira, que se organiza de maneiras diferentes, mas sempre com a consciência politica. Chegamos nesse Congresso com mais de 100 mil filiados e representações em todos os estados, o que dá um pouco da dimensão do nosso alcance com a Juventude Brasileira. Além disso, ampliamos a possibilidade de contato em novos canais como a internet. É muito importante citar a criação da Rede UJS, uma rede social online que já conta com 50 mil participantes e através da qual podemos expandir a nossa luta. É importante lembrar também que esse Congresso foi transmitido ao vivo, pela internet, com um alcance maior para os companheiros que não puderam estar presentes e para todos outros jovens que venham a conhecer as ideias e propostas da UJS.

Rafael Minoro e Artênius Daniel para: www.ujs.org.br

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Presidente Lula pede para o Ceará 'manerar' contra o Corinthians

Durante a visita do presidente Lula ao estado do Ceará, na última terça-feira. O presidente durante o seu discurso afirmou que torcerá pelo resultado de 0 a 0 para que "ninguém ganhe de ninguém". Lula apostou ainda num bom retorno de Ronaldo contra o alvinegro cearense, "O Ronaldão, depois de um mês parado, vai estrear exatamente contra o Ceará e disse que vai marcar uns 2 gols".
Confira o vídeo:

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Para hoje, para sempre... Gol histórico no dia da Copa! Vitória no Congresso Nacional! Aprovado os 50% do Fundo social do Pré-sal para a educação!

A quinta-feira já pensava em amanhecer na África do Sul, o país da Copa, na véspera da festa de abertura do maior evento esportivo do mundo. No Brasil, os estudantes acompanhavam atentos, como a um jogo da seleção, a votação no plenário do Senado Federal que adentrou a madrugada. Por volta das 3h da manhã do dia 10 de junho de 2010, após mais de 11 horas de discussões, os senadores aprovaram -por 38 votos favoráveis, 31 contrários e uma abstenção- a criação do Fundo Social do Pré-sal. O gol, de placa, que entrou para a história, veio com a aprovação da “emenda da UNE”, que determina que 50% dos recursos deste Fundo sejam destinados exclusivamente ao financiamento da educação pública superior e básica, área considerada pela entidade como estratégica para o desenvolvimento do país.

A vitória histórica dos estudantes foi fruto de ampla mobilização da UNE, UBES e ANPG. Desde o início da semana, diretores das entidades provocaram intenso corpo corpo junto aos parlamentares com objetivo de pressionar e cobrar o comprometimento de cada um com a educação brasileira. As entidades criticaram veementemente por meio de nota oficial o primeiro relatório divulgado na terça-feira, que descaracteriza o objetivo do Fundo Social ao propor que os recursos deveriam ser destinados a diversas áreas, sem dizer claramente qual a prioridade.

Durante toda a quarta-feira, os estudantes realizaram uma Blitz no Congresso Nacional para reverter a redação do projeto e garantir os 50%. As entidades desencadearam também uma “guerrilha virtual” por meio das redes sociais. Milhares de mensagens foram enviadas para todos os senadores via twitter, o que gerou o compromisso público de muitos deles com a votação favorável à emenda.

O presidente da UNE, que ficou até o fim da votação desta madrugada no Senado Federal conversando com os parlamentares sobre a importância dos 50% para a educação, celebra a vitória como uma conquista de todo o povo brasileiro. Para ele, a vitória não é penas desta geração. “Fiz questão de ficar até o último minuto da votação. Conversei com cada parlamentar. Mostrei a importância da nossa emenda para o futuro do nação. Fiquei realmente muito emocionado quando conseguimos a aprovação. É o sonho geracional de transformação do país. Vamos garantir para os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos e toda uma geração de brasileiros e brasileiras um futuro promissor, com uma educação pública, gratuita e de qualidade”, disse. "Agora, vamos lutar da mesma forma e com muito mais mobilização em cada canto do Brasil pela promulgação da emenda".

Leia mais no Portal da UNE e UBES: www.une.org.br

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Sucesso Incomoda!

*Por Alberto Lima (Bebeto)

O brasileirão ainda não começou. Isso é o que mais tenho escutado de torcedores sulistas e da turma colorida que sofrerá em breve na série C. Fico a me perguntar; será que após a copa perdemos os 17 pontos conquistados até agora e partiremos do zero novamente? Será que tudo que fizemos até agora foi só de brincadeirinha?

É claro que não, o campeonato já começou sim e faz tempo, para a surpresa de muitos e tristeza dos invejosos, o vozão vai muito bem obrigado. Fizemos em sete rodadas o que o nosso vizinho América(RN), levou trinta e oito rodadas para fazer.

E depois da copa?? Essa é a pergunta que mais ouve. Não sei! não temos como saber. Será que perderemos alguns de nossos atletas? É possível sim. Mas será que as outras equipes fortes que disputam a competição também não perderão seus melhores jogadores para clubes europeus? Certamente que sim.

A verdade é uma só, o Ceará que entrou no brasileirão ciente de suas limitações e com o propósito de apenas nele permanecer, aos poucos começa a vislumbrar novos horizontes.

Nosso sistema defensivo é bom, isso é fato. Em sete partidas levamos apenas um gol e mesmo assim de um pênalte inventado contra o badalado time da vila. Nosso ataque ainda tem carências.

Geraldo que sempre foi o termômentro do time não atravessa uma boa fase. Espera-se, não de hoje, a recuperação do Aílton ou a prometida contratação por parte da diretoria, de mais um meia e outro camisa nove com qualidade para disputar posição com Washington.

Só um toque:


O Ceará passará todo esse período da copa na mídia, sendo enaltecido ou questionado, não importa. É hora do departamento de marketing Alvinegro começar a trabalhar e explorar com inteligencia essa oportunidade impar que se apresenta.

Quanto aos pobres secadores coloridos, aqueles cujo o time conhecerá o norte do país, quem sabe montado no lombo de um burro, recomendo muita paciência e um bom calmante, pois o Vozão vai longe viu!!


* Bebeto, 52 anos, nascido na capital do estado do Ceará, onde reside atualmente, é formado em direito pela Universidade de Fortaleza em 1987, mas atua como comerciante no Centro da nossa capital. Bebeto é torcedor do Vozão de berço, e atualmente é um dos moderadores da comunidade oficial do Ceará Sporting Club. Fez sua estréia na internet em 29/06/07 quando por inexperiência, ainda não tinha noção nenhuma sobre o computador e o mundo virtual. Torcedor oficial do Vozão, sua única paixão clubística, da qual muito se orgulha, sendo frequentador de estádios desde 1969, hábito esse que se mantém até hoje.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O "lado de lá" tá desesperado!

O pré-candidato DEMO-TUCANO a presidente da república José Serra, parece que perdeu de vez o rumo. Além de ainda estar sem ninguém para ser seu vice as vésperas da convenção que o tornará oficialmente candidato, Serra decidiu voltar ao seu estilo agrassivo e disparou acusações contra a ex-ministra Dilma Roussef.

Postura com a qual o tucano está bem habituado e com certeza inclusive prefere.
Serra não poupou esforços na hora de reprimir com violência o movimento social durante o seu governo no estado de São Paulo e por mais que não seja aconselhável eleitoralmente partir para ofensiva contra o presidente Lula e todo o seu campo aliado, Serra parece se identificar mais com esse tipo de atitude do que com qualquer outra.

Não é de hoje que o ex-governador de São Paulo toma atitudes impopulares, foi assim com os estudantes e servidores da USP, em junho do ano passado, foi assim com os professores da rede pública estadual, em março desse ano. E foi assim também quando Serra foi deputado constituínte e teve os seguintes posicionamentos:

a) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
c) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
d) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
e) negou seu voto pelo direito de greve;
f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;

Fonte: DIAP - "Quem foi quem na Constituinte";pag. 621.


É Serra, eu não sei o que vai ser mais difícil em 2010, o Brasil do Dunga ganhar a Copa, o Lula ser reeleito, ou você ganhar essas eleições...

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