quarta-feira, 9 de outubro de 2019

A eventual saída de Dilma Rousseff, da Presidência da República, é uma solução para a crise política e econômica?

O horizonte desafiador que se desenha para o próximo período revelará, mais uma vez, quem são aqueles que realmente estão ao lado do povo. Há quem diga que a abreviação do mandato da presidente Dilma Rousseff seja o caminho para a solução da crise. Eu discordo. Acredito que o ataque à legitimidade de uma eleição democrática como foi a de outubro de 2014 apenas agravaria a situação do País.


Tenho a convicção de que a solução para a grave crise por qual o Brasil atravessa se dará pela estabilização do cenário político e a retomada do crescimento econômico, por meio de investimentos públicos e privados em setores estratégicos.
Não podemos transformar a disputa política, ou mesmo o Congresso Nacional, em um “Clássico-Rei”, onde torcidas adversárias querem o fim dos rivais. Esse famoso “sangue nos olhos” partidário só serve para o detrimento da nação. O Brasil é mais do que isso, precisamos unir o País para aproveitar a oportunidade única do bônus demográfico e dar formação qualificada à juventude para ser a classe trabalhadora de um país moderno e independente.
Um novo pacto pelo Brasil é urgente para reorganizar as relações entre as opiniões divergentes, os poderes da República, e para retomarmos o caminho do desenvolvimento econômico e social. Superar as contradições que ainda nos afligem – sermos a sexta economia do mundo e apenas o 88º colocado no ranking de educação da Unesco – passa necessariamente por mais investimentos nas universidades.
Hoje, só quem tem a capacidade política e o respaldo da população conferido nas urnas para conduzir isso é a presidente Dilma. Ela, inclusive, já provou que sabe o que fazer; afinal, foi em seu governo que o Ceará passou a ter três instituições federais de ensino superior, e o Ministério da Educação criou o programa Ciência Sem Fronteiras.
Que os nossos políticos tenham a capacidade e a grandeza de entender que com a nossa democracia não se pode vacilar. Que o Estado brasileiro siga ampliando as universidades, investindo em infraestrutura e combatendo a corrupção.

*Artigo publicado originalmente no Jornal O Povo, de 14/08/2015.

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