sábado, 29 de maio de 2010

Tributo a João Amazonas

A Fundação Maurício Grabois em homenagem ao oitavo aniversário do falecimento de João Amazonas, um dos maiores dirigentes comunistas que o nosso país pode conhecer, lançou este vídeo para homenagear o grande líder que foi o camarada João.


Oito anos sem João Amazonas. Neste período houve grandes mudanças na política e na sociedade brasileira, em cuja construção o veterano dirigente comunista teve um papel destacado. Ele não chegou a ver a vitória de Lula em 2002, embora tenha sido um dos maiores entusiastas partidários da candidatura do líder operário e sindical à presidência da República desde o já longínquo 1989 e a Frente Brasil Popular. Mas deixou a marca de suas idéias e da sabedoria política acumulada em mais de seis décadas de militância comunista – idéias impressas na bandeira do PCdoB e que têm influência não só no Congresso Nacional e no governo federal, mas principalmente na luta das massas pela democracia, pela soberania nacional e pelo progresso social.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

João Amazonas, a referência necessária

*Por Luiz Manfredini

“… no Partido reside o fator determinante dos sucessos
ou dos fracassos da revolução e da edificação socialista”.


JOÃO AMAZONAS

Nesses tempos novos, no Brasil e no mundo, novos e, portanto, desafiantes para quem trilha o caminho da transformação social, lembro-me frequentemente de João Amazonas, o construtor e o principal ideólogo do PCdoB, falecido em 27 de maio de 2002. Teria completado 98 anos, mas viveu 90, 67 dos quais dedicados à luta pelo socialismo em nosso País. De 1962 a 2001, foi o dirigente principal do PCdoB. Vasta, portanto, sua experiência. E vasto e fecundo o pensamento que desenvolveu, persistente e agudo, até o fim da vida.

Diante desses tempos novos, das singularidades da luta pelo socialismo e por sua construção no mundo contemporâneo, poderíamos recolher de João Amazonas reflexões em diversos campos da atividade revolucionária. Opto por uma, cuja centralidade me parece atualíssima tanto para os comunistas, como para os que almejam a construção de uma sociedade socialista em nosso País. Refiro-me ao meio que tornará possível a conquista dessa nova ordem entre nós, ou seja, o partido revolucionário, os homens e mulheres que, nas palavras de Engels, “serão os únicos a possuir força e vontade para chamar à vida esta sociedade nova e melhor”.

Amazonas tratou disso no texto “Força decisiva da revolução e da construção do socialismo”, escrito em 1996. Eram os tempos miseráveis da década neoliberal no Brasil e a poeira do muro de Berlin ainda sufocava mentes e abalava convicções. Ao aprofundar seu exame sobre a derrota do socialismo no Leste europeu (iniciado quatro anos antes, no processo do VIII Congresso do PCdoB), Amazonas focou a questão crucial do partido como intérprete e condutor das mudanças. Não qualquer partido, mas um dotado das “qualidades indispensáveis ao cumprimento de sua missão histórica”. E citou o conselho de Marx e Engels aos dirigentes comunistas alemães: “Pactuai acordos para alcançar objetivos práticos do movimento, mas não trafiqueis com os princípios, não realizeis ‘concessões’ teóricas”.

Com Lênin

Amazonas situa Lênin como “quem, pela primeira vez, desenvolveu a teoria do partido como organização dirigente da classe operária e como instrumento insubstituível à vitória da revolução social”. O dirigente bolchevique, prossegue Amazonas, “sustentou a idéia do partido de princípios, marxista, que atua em todas as lutas dos trabalhadores e do povo, mantendo sempre sua feição revolucionária”. Na visão leninista, que Amazonas defende, “o partido deveria ser organização de vanguarda, uma vez que somente uma parte da sociedade, e mesmo da classe operária, tem condições de compreender em profundidade o processo da transformação histórica”. Em outras palavras: “O partido não é uma organização de frente única, na qual cabem diversas correntes em pugna por objetivos imediatos”.

Ao analisar as circunstâncias da derrota socialista na então URSS e no Leste da Europa, Amazonas afirma: “Indubitavelmente, o PCUS degenerou. A derrota do socialismo começou precisamente com a degeneração dessa organização de vanguarda. Ainda no tempo de Stálin já apareciam sérios indícios. O PCUS burocratizava-se, desligava-se da classe operária e das amplas massas populares, caía na rotina e no formalismo, estimulava a fé supersticiosa nos dirigentes (…). Muitos quadros faziam ‘carreira’ no partido, visando a interesses pessoais”.

Para Amazonas, “socialismo e partido são inseparáveis. Apareceram juntos e caminharam juntos no histórico cenário dos entrechoques de classes”. Assim, “é impossível mudar o regime econômico e social sem ter como suporte fundamental uma organização de vanguarda”. E prossegue: “Para vencer, [o partido] precisa situar-se ideologica e politicamente no campo do proletariado, não apenas na fase da revolução, mas durante todo o período de transição, até a passagem ao comunismo, abrindo caminhos novos à transformação da sociedade”.

“Os fracassos originam-se, em última instância, das posições de conciliação de classes, das ilusões pequeno-burguesas de que se pode triunfar nos marcos do regime capitalista, ou realizar as mudanças históricas adaptando-se às normas e ao estilo de vida burgueses”. Mas adverte: “A luta de classes não pode ser enfrentada de maneira mecânica, sectária. O proletariado luta em todos os terrenos, utilizando as contradições existentes no campo adversário, defendendo as conquistas sociais, as liberdades democráticas, avançando passo a passo na estradaque conduz à revolução e o socialismo”.

Por todas essas razões, Amazonas conclui: “Cuidar do Partido para podermos dizer, como Lênin, do Partido bolchevique: ‘Nele temos fé, nele vemos a inteligência, a honra e a consciência de nossa época”.

Não se poderia pensar em outro modo de homenagear o velho dirigiente comunista, em seu 98o aniversário de nascimento, senão focando e difundindo as férteis reflexões que produziu e que se projetam para iluminar a contemporaneidade da luta revolucionária em nosso País.

*Luiz Manfredini é Jornalista e escritor paranaense, autor de “As moças de Minas” e “Memória de Neblina”.
*Atualizada por Ivo Braga, as 9:50 de 27 de maio de 2010

O Maior Programa de Distribuição de Renda do Planeta

O Programa Bolsa Família (PBF) foi criado logo no primeiro ano do governo Lula, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com o objetivo de unificar os programas sociais já existentes no país em apenas um programa social de transferência de renda.

A principal diferença do Bolsa Família em relação aos programas sociais existentes no Brasil até então, é o seu caráter de transferência direta de renda com condicionalidades, fato que torna o programa grandioso por não tratar apenas dos problemas imediatos da pobreza, mas, por quebrar um ciclo de pobreza de geração a geração.

Pois para uma família ser atendida pelo programa, além de estar em situação de pobreza (Renda Per Capita mensal entre R$70 e R$ 140) ou extrema pobreza (Renda Per Capita mensal até R$70) é necessário que a família cumpra as condições em áreas fundamentais como educação: freqüência escolar mínima de 85% para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos e 75% para jovens entre 16 e 17 anos, saúde: acompanhamento do calendário vacinal das crianças, do pré-natal das gestantes e das nutrizes entre 14 e 44 anos, e assistência social: freqüência mínima de 85% da carga horário oferecida pelos serviços socioeducativos.

Atualmente 12.548.861 famílias são atendidas pelo PBF em todos os municípios brasileiros, o que significa 79,47% do total de famílias cadastradas no MDS que se enquadram perfil Bolsa Família (Renda Per Capita mensal até R$ 140). Com base nesses números podemos afirmar que o programa atinge seus objetivos, pois consegue chegar às famílias que realmente precisam, contribuindo de forma concreta para a redução da extrema pobreza no país e contribuindo também para a melhoria das condições alimentares e sociais das famílias beneficiadas.

Portanto, apesar das críticas feitas pela oposição do governo no congresso nacional do programa ser ‘meramente eleitoreiro’ podemos comprovar que o Programa Bolsa Família é de fundamental importância para o desenvolvimento do Brasil, não só em termos econômicos, mas, principalmente em seu caráter social, pois trata-se, de uma medida anticíclica que promove benefícios para a economia como um todo, ao tempo em que promove-se inclusão social dos beneficiados dando-lhes a oportunidade da tão esperada ascensão social.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Lampião e seu bando em exposição na Cidade dos Funcionários

Com a presença da neta de Lampião, a exposição Cangaceiros tem abertura marcada para esta quinta-feira (06). Integra a programação, ainda, exibições de filmes e uma Feira Mix.

As fotos em branco e preto ainda guardam a força que os personagens emanavam na época. Lampião e seu bando - sem esquecer Maria Bonita, Corisco, Dadá - estão, mais uma vez, disponíveis aos olhos do público.

As volantes que cruzaram o caminho de um dos homens mais procurados da história do País (com e sem trocadilho) também estão lá, na exposição Cangaceiros, que tem abertura marcada para hoje, às 19h30min: em imagens, material de jornais da época e outros objetos, como armas, roupas e bijuterias. Com curadoria da cubana Lídia Sarmiento e a coordenação de Ricardo Albuquerque, a exposição fica em cartaz até dia 30 de julho, no recém-inaugurado Espaço Cultural Porto Freire.

Logo mais à noite, além da exposição, os visitantes vão ter uma conversa com Vera Ferreira, herdeira do sobrenome e da perseverança do Rei do Cangaço. Ao longo de algumas décadas, a jornalista tem colhido material sobre a história da família & por ter nascido cerca de 20 anos após da morte dos avós, só aos 13 é que ela se deu conta da importância do personagem para o País. `

`A história que eu ouvia era sempre pelo lado do vencedor, e, não, pelo lado do vencido. Parecia só ter um lado. É preciso entender, por exemplo, o que levaram essas pessoas a entrarem no cangaço``, coloca Vera. Pesquisa que continua sem tréguas, e que leva a muitas descobertas.

"É um trabalho longo, passei por lugares que eles passaram, tentei conquistar a confiança das pessoas que eles conheceram e que tinham objetos deles. Isso é um caminho longo mesmo. Até hoje eu busco``, detalha.

Depois de tantas viagens, depois de tantos encontros, duas constatações. ``Infelizmente, a gente não tem um local onde reúna todo esse material colhido. Um memorial do cangaço``, lamenta. Por outro lado, a pesquisadora acredita que o cangaço já é visto com outros olhos. ``As pessoas hoje tem um novo olhar sobre a história do Brasil. Já olham o cangaço de forma diferente. Os professores de história são grandes responsáveis por isso``, defende.

Memória

A exposição já esteve em outros lugares, desde Paris, na França, a Souza, na Paraíba, passando pelo Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Quem conta é Ricardo (também da linhagem de outra importante figura para o Brasil, o fotógrafo Chico Albuquerque) que cuidou da exposição ao lado de Lídia.

``As fotos datam de 1926, são as primeiras fotos durante a visita dele a Juazeiro, quando ele recebeu a patente de capitão pra combater a coluna Prestes. São fotos de Pedro Maia e Lauro Cabral``. A exposição não termina aí. ``E tenho outras fotos de autores desconhecidos, numas fazendas. São imagens interessantes, principalmente as fotos relacionadas às volantes & tem algumas do Benjamin (Abrahão) & e das cabeças, consideradas prêmios pelas volantes".

Faz parte da mostra, ainda, a exibição de um filme de Benjamin Abrahão, ainda hoje à noite. Abençoado por Padre Cícero, o mascate libanês conseguiu adentrar ao bando de Lampião, tornando-se seu fotógrafo e cineasta oficial. Nos sábados de maio acontecerão exibições de mais filmes, todos relacionados à temática do cangaço. Em junho, o Parque del Sol, onde fica localizado o Espaço Cultural Porto Freire, abriga uma feira mix, com artesanatos, comidas típicas e danças regionais.

Serviço

CANGACEIROS - Abertura, hoje, da exposição com curadoria de Lidia Sarmiento. No Parque del Sol, às 19h30. Na rua Joãozito Arruda, s/n. Cidade dos Funcionários. A mostra fica aberta de hoje até 30 de julho. Horário de visitação: terça à sexta das 9h às 19h e sábados e domingos das 14h às 19h. Ainda como parte da programação do evento, todo sábado do mês de maio, às 10h, no Espaço Cultural Porto Freire, acontece o Cine Cangaço. E nos sábados de junho, a partir das 17h, no Parque del Sol, acontece a Feira Mix.

Fonte: Jornal O Povo

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