Revolução Midiática
O que observamos no cenário político brasileiro é um “quarto poder”, exercido pela mídia, tradicionalmente elitista e proselitista, mobilizando parlamentares da oposição e membros da elite empresarial, como o empresário João Dória Jr e seu movimento CANSEI, visando desestabilizar um governo emerso das camadas mais sofridas de nosso país, um governo de fortes tendências populares e em alguns momentos populistas, porém um governo que oferece aos empresários uma economia forte e estável.
Mas as famílias Marinho e Civita, donas das redes Globo e Abril respectivamente, não se conformam com o sucesso do governo Lula, não se conformam com a aprovação popular superior aos 50%, não se conformam com o sucesso dos jogos Pan americanos no Rio de Janeiro, não se conformam do Brasil ter conseguido atingir com dez anos de antecedência a principal meta do milênio segundo a ONU que consistia em reduzir à metade o número de cidadãos que vivem em pobreza extrema.
Em vez de Marchas da Família com Deus pela Liberdade, a sociedade deveria organizar uma “Marcha pela Imparcialidade da Imprensa e o Fim do Proselitismo nos Meios de Comunicação”. A sociedade brasileira carece de um noticiário sério compromissado com a verdade seja ela favorável a partido “A” ou “B”, de uma grade de programação que informe mais e distraia menos, de programas que valorizem a arte e cultura ao invés do culto ao corpo e aos bens matérias.
Portanto é de extrema importância salientar que o que as emissoras de televisão operam é uma concessão pública com data de início e fim, com um contrato a ser cumprido e um papel social importante. Mas o que vemos é uma mídia que incentiva a inversão de valores éticos e morais pela qual a sociedade brasileira passa. Uma mídia que abominou de suas grades programas que incentivem as produções artísticas e culturais, festivais de música nem sequer são noticiados e exposições e mostras culturais muito menos.
Com o avanço das tecnologias de informação e de comunicação em massa, a sociedade tem a oportunidade de desvencilhar-se da “camisa de força” que a grande imprensa pos sobre todos nós. Blogs, sites independentes, rádios comunitárias, tudo isso deve ser aproveitado para a criação de uma imprensa livre, séria e comprometida com a verdade. O povo brasileiro não pode mais esperar, devemos ir para o embate às forças patronais que dominam a grande imprensa brasileira. Então, à luta brasileiros e brasileiras!